sábado, 10 de outubro de 2015

Um Perfeito Cavalheiro

Boa noite!!



Hoje comentarei sobre um livro que li há algumas semanas e gostei bastante: Um Perfeito Cavalheiro, de Julia Quinn, 3° livro da coleção Os Bridgertons.

Tenho lido livros de maneira voraz ultimamente e de todos esses que pretendo comentar nenhum foi tão viciante e bem escrito. Se por acaso eu vier a ler algo que compita, terei prazer em escrever aqui no blog a seu respeito, mas temo que somente o restante da coleção (que ainda estou lendo) consiga essa façanha.

Bem, Um Perfeito Cavalheiro em minha opinião devia se chamar Um Perfeito Cafajeste, pois assim que posso definir o protagonista em boa parte da história.

Cada livro narra as situações amorosas que terminam em casamentos de cada um dos oito irmãos Bridgertons, quatro filhas e quatro filhos. O 1° livro conta a trajetória de Dafne, a Bridgerton n° 4 rumo ao casamento com um duque tachado de libertino e melhor amigo de seu irmão mais velho. O livro 2 que fala justamente desse irmão mais velho, ainda não li, preferi ler o 3° antes.

Nesse livro 3 o Bridgerton da vez é o n° 2, Benedict e seu par Sophie. Quando comecei a ler quase me bateu frustração, pois o início descreve uma Cinderela e não aguento mais essa história de garota que sofre nas mãos de uma madrasta má e suas filhas, vai a um baile e conquista seu príncipe deixando um sapato para trás em sua fuga à meia noite. E é isso que ocorre no início, exceto pelo pertence deixado que não foi um sapato e sim uma luva.

Sophie não é uma nobre e sim a filha bastarda de um conde, então ela na verdade não é ninguém perante a sociedade. Dessa forma, mesmo tendo se apaixonado por Benedict e ele por ela (apesar dele não estar procurando esposa) ela fugiu do baile consciente que nunca mais o reencontraria.

A história fica diferente de Cinderela quando a madrasta descobre que Sophie foi ao baile e a expulsa de casa obrigando-a a tentar a sorte em outra cidade com seus parcos recursos.

Então, se passam dois anos!

Nesse ponto eu já estava curiosa para saber como eles se reencontrariam, se ele ainda pensaria nela e principalmente: como ela fez para se manter nesses 2 anos.

Ela conseguiu emprego na casa de um rapaz pervertido que tentou junto com seus amigos abusar dela em uma de suas festas por ela ser uma empregada. Benedict estava nessa festa e a socorreu, a livrando deles e garantindo que arrumaria um emprego para ela na casa de sua mãe. Sophie o reconhece, porém ele apesar de pensar todos os dias na misteriosa mulher mascarada da festa, não consegue ver que essa mulher era a empregada na sua frente.

Devido a uma forte chuva, eles vão para o chalé de Benedict e ele que estava se recuperando de um resfriado, acaba piorando por causa da chuva e ficando de cama, e Sophie é quem cuida dele durante alguns dias até que se recupere.

Então, o óbvio: ele se interessa por ela. Aí começa a fase cafajeste dele.

Ele confessa verbalmente e fisicamente, talvez principalmente fisicamente, o que sente por ela: um desejo ardente e ela responde da mesma maneira. Benedict faz então O PEDIDO. Se você pensou que ele a pediria em casamento e viveriam felizes para sempre se enganou.

Ele pede para que se torne sua amante, pois ele não pode se casar com ela por ela ser uma empregada. Casamento apenas com uma garota de posses e título e jamais com ela.

Se você leu Victorian Romance Emma Parte 1 e Parte 2, viu que o personagem William passa pela mesma situação também na Inglaterra do século XIX e age de uma maneira bem diferente: ele desde do início quer se CASAR com Emma, nunca fez uma proposta como a de Benedict.

 Mas Sophie é uma bastarda, filha de uma mulher que não foi casada com seu pai e mesmo sendo sua única herdeira, por esse pequeno detalhe ela e nada eram o mesmo para todos. Ela sofreu bastante com isso e se tinha algo que ela tinha certeza é que não queria ser a amante de alguém e gerar filhos bastardos que sofreriam o mesmo que ela. Sophie então recusa a oferta ofensiva e causa a ira de Benedict que a ofende, maltrata e a obriga a voltar para a cidade com ele como empregada de sua mãe.

Começa um período de brigas constantes, insultos e muita dor. Benedict a provoca sabendo que ela é apaixonada por ele, a ofende por sua condição de empregada e torna sua vida um pesadelo com a intenção de fazê-la se render e aceitar sua proposta.

A senhora Bridgerton, que é uma personagem adorável e sagaz, percebe o clima entre eles e indiretamente tenta ajudar o casal. Para ela o mais importante é a felicidade de seu filho independentemente se será ao lado de uma duquesa ou uma empregada. Até porquê, ela também percebe que Sophie tem instrução demais para uma empregada, sabendo ler, escrever, se comunicar bem e até compreender francês, então desconfia que a garota tenha origem nobre.

Por fim, Benedict consegue o que queria e Sophie dorme com ele, mas quando na manhã seguinte ela se dá conta do erro que cometeu e diz que não será amante de ninguém, Benedict retorna com suas palavras de ódio e desprezo, e a ofende mais.

A autora expôs bem o comportamento odioso de muitos homens nesse livro através de Benedict, que é o "cavalheiro", imagina então como seria o cretino.

Bem, indo para o fim. Finalmente, eu sei. ^ ^

Depois disso a história se desenrola e Sophie decide ir embora da cidade, mas acaba presa por causa de falsas acusações de sua madrasta que a descobre. Benedict que finalmente descobriu a verdade sobre Sophie e a odiou mais, acaba se acalmando e decidindo que queria tê-la a vida toda e estaria disposto a casar com ela. Ele e sua mãe conseguem tirá-la da prisão e dias depois eles se casam e viram um apaixonado e feliz casal.

Como essa garota sofreu! A autora descreveu a agonia dela e a tensão com Benedict de uma maneira que eu não dormi enquanto não acabei de ler tudo em uma noite, foi aflitivo porém, empolgante. 

Fica a dica de leitura!


Até logo!





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