segunda-feira, 6 de junho de 2016

Alice Através do Espelho

Boa tarde!

Gente, ontem fui ao cinema assistir Alice e isso alterou meus planos, acabei não postando nada ontem e hoje ainda estou falando de algo que nem seria comentado. Não é sempre que falo de filmes aqui, não falei de Deadpool, Capitão América: Guerra Civil (que adorei) e nem do tão aguardado Star Wars episódio 7 que foi uma droga, perda de tempo, mas vou falar rapidamente de Alice...

Nem eu me entendo agora...


Como todos sabem, o real protagonista do filme é o Johnny Depp, lembro que quando o 1° filme estava em cartaz, eram as fotos dele que mais apareciam e o nome dele estava lá bem grande e centralizado para chamar atenção de todos, e olha que o filme devia ser sobre ALICE!!!! Bem, o importante é que funcionou, eu mesma só fui ver porque ele estava no elenco.

Agora esse segundo filme, fui ver porque o trailer foi convincente e me fez pensar que esse superaria o primeiro tanto em enredo quando visualmente. Mas devo comentar, mais uma vez usaram o artifício "Johnny Depp" e a história também gira em torno dele.

Na verdade achei que a ideia do filme já está bem gasta: "quero reencontrar minha família e pedir perdão a meu pai por...", é exatamente isso. O Chapeleiro um belo dia deduz que sua família está viva e fica doente pensando que não pode reencontrá-los, Alice então rouba o Tempo para mudar o passado do amigo (o que não é possível) e reencontrar a família dele, só assim ele não morrerá, e que se dane o resto do mundo. Nesse meio tempo Alice também tem que lidar com os próprios problemas familiares que envolvem sua adoração pelo pai falecido e suas opiniões contrárias a da mãe, e tentando ajudar o amigo ela percebe que está cometendo os mesmos erros dele. Essa parte da história foi interessante, no meio de todo um mundo mágico algo é imutável: o fato de não poder alterar o passado, somente aprender com ele.

E isso nos leva ao personagem Tempo, interpretado por Sacha Baron Cohen. Eu pensava que ele seria o vilão e seria retratado semelhante ao titã da mitologia grega que sempre devora seus filhos, o que é bem lógico, pois é exatamente o que o tempo faz conosco. Entretanto, o Tempo em Alice, é totalmente diferente, ele não é cruel e tampouco bondoso, é uma figura imparcial que somente faz o seu trabalho que é existir e passar, e ainda assim continuar existindo, cabendo a cada um saber aproveitar ou viver como bem entender o tempo que lhe é dado nesse mundo.

Acabou que ele foi uma das grandes surpresas para mim no filme, foi o que fez valer a pena estar lá aguentando duas horas de dramas familiares clichês e desnecessários. Por exemplo: de que adianta saber agora que a grande culpada por a Rainha Vermelha ser tão má é a Rainha Branca que lá na infância a fez ser acusada por algo que não fez e em seguida sofrer o acidente que fez sua cabeça ficar enorme daquele jeito?

Bem, apesar de tudo isso, até que foi aceitável, dessa vez tivemos mesmo a Alice agindo como protagonista, por mais que fosse tudo pelo Chapeleiro, e visualmente foi bom também, gostei demais do reino do Tempo, seus relógios, os segundos, o cenário sobre as nuvens... Como disse, o Tempo foi o personagem que fez valer a pena. O resto foi tudo uma perda de tempo.    o.O


Até a próxima!

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